Olá, pessoal! Bom, finalmente tirei um tempo para atualizar o blog. E como tem coisa para organizar... Principalmente nessa área das postagens.
No encontro de agosto o novo integrante, Glauco Schneider, desafiou o grupo a escrever um pequeno texto de como iniciou sua relação com os livros e a escrita. O primeiro texto publicado abaixo é do nosso colega Marcelo Augusto Ferreira.
Gostaria
muito de ser como aqueles que recordam facilmente dos fatos de sua
infância. Entretanto, infelizmente, não faço parte deste grupo de
sorte. É claro que não padeço de Alzheimer, bem o sabe quem me
conhece. Mas algumas coisas emergem, vez por outra, dos porões da
memória. Lembro, por exemplo, dos tempos em que tinha meus dez, doze
anos, e retirava livros na antiga biblioteca do SESI, algumas quadras
abaixo de minha casa. Também visualizo algumas aulas, no São Luís,
em que contava aos colegas sobre os livros que havia lido, tarefa de
aula de Língua Portuguesa. Ao contrário da maioria dos colegas,
gostava muito disso, devo confessar. O quatrilho e O vampiro de
Curitiba são dois títulos que tenho certeza que relatei. Este
último, inclusive, foi bastante engraçado, pois continha situações
de sexo e eu acaba recorrendo a uma série de metáforas engraçadas
para me referir ao ato em si, e a turma caía na gargalhada. Até
mesmo a professora, normalmente bastante séria, acabava por soluçar
com certo constrangimento. Bom,
acredito que a partir deste breve histórico pessoal, talvez se
justifique minha presença no grupo Sobre Livros & Leituras.
Penso que o ato de ler não precisa ser colado à ideia de
isolamento, como muitos acreditam. As histórias que o livro nos
conta, podemos contá-las oralmente, iremos, fatalmente, carregá-las
em nossa imaginação. Este conteúdo pleno de significados, rico em
situações, hipotéticas, fictícias, plausíveis, emocionantes,
informativas, revoltantes; é uma caixa de ferramentas para nosso
pensamento, um tônico cerebral, um amplificador de horizontes e
possibilidades, um bálsamo às enfermidades mentais. Poderia ficar
um dia inteiro citando os benefícios do universo da leitura, e mesmo
assim não conseguiria atingir um ponto final. O universo literário
é infinito, pois sua fonte é a criatividade humana, essa caixa de
pandora que ultrapassa os limites da quantificação.
Apesar
de eu não ser um leitor inveterado de literatura, como alguns dos
amigos, até por questões de tempo, muitas vezes, ou por priorizar
leituras mais técnicas, relacionadas ao meu trabalho, adoro
participar e quero organizar melhor o meu tempo e me empenhar um
pouco mais na prática salutar e fantástica da leitura. Sei que isso
só depende de mim, mas a despeito de todos aqueles predicados que
citei há pouco acerca do ato de ler, também devo reconhecer que ele
requer um certo esforço. É preciso empenho para se manter sentado
olhando para um papel, inerte; manter o foco, deixando passar ao
largo os fugidios pensamentos que insistentemente batem à porta da
consciência, disputando espaço com a atenção do leitor. E muitas
vezes a preguiça me vence, devo admitir. Nessas horas, sinto até
vergonha e invenjo positivamente meus pares que lêem com afinco e
constância. Oxalá um dia eu cheuge lá! Vocês me servem de modelo
e inspiração e o simples fato de partilhar de seu tempo, ouví-los
falando de suas leituras, me faz sentir extremamente grato ao
destino, por ter oportunizado pertencer ao mesmo espaço/tempo que o
seu, mesmo que por alguns instantes mensalmente.
Termino
por aqui meu parecer pessoal, dizendo: obrigado pela companhia, a
vocês, amigos, e também àqueles que não têm vida biologica, mas
fazem toda a diferença em nossas vidas: os livros. Eles que são
"seres" de seus criadores, os escritores. Assim como este
textinho aqui, que acabo de produzir e não existiria se não fosse a
provocação bem-vinda do Glauco.
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